O presídio federal de Mossoró recebeu, na tarde de ontem, um dos traficantes mais procurados do mundo. O colombiano Nestor Ramon Caro-Chaparro, de 42 anos, foi transferido para o presídio de segurança máxima do estado, após uma decisão do Supremo Tribunal Federal. Ele foi preso no dia 16 de abril no Rio de janeiro e estava detido no presídio Bangu I. Caro-Chaparro deve permanecer no estado por, pelo menos, 360 dias.
O traficante chegou no avião da Polícia Federal do Rio de Janeiro e desembarcou no aeroporto Dix-Sept Rosado por volta das 14h30. De lá foi escoltado pela PF de Mossoró até a unidade prisional. Quando a Polícia Federal chegou ao presídio com o traficante criou-se um impasse: o juíz corregedor do presídio, Ivan Lira, não havia sido informado da transferência do preso e por isso não autorizou o diretor, delegado Kércio Silva Pinto, a receber o detento.
De acordo com o responsável pela penitenciária, é necessário um comunicado prévio para o recebimento de presos. O problema foi que, após a decisão judicial, que determinava o deslocamento do traficante internacional, a Justiça não comunicou o procedimento ao juíz corregedor do presídio de Mossoró, é dele a decisão se um detento pode entrar ou sair da penitenciária.
Em função disso, durante toda a tarde de ontem o juíz corregedor e o diretor do presídio discutiram com autoridades do Ministério da Justiça o que deveria ser feito com o detento. Enquanto isso, Nestor Ramon Caro-Chaparro permaneceu no departamento de triagem do presídio. Depois de mais de cinco horas de indecisão e após o recebimento de documentos com a ficha criminal do traficante, Ivan Lira autorizou a permanência do traficante no predídio de Mossoró por 360 dias. Após esse período será decidido se ele permanece, se será extraditado.
Fonte: D/N.
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