“Não podemos subestimar as oportunidades. Às vezes, achamos que a vida nos abriu uma janelinha, mas na verdade é uma grande porta.” É assim que Ednei Francisco Monteiro, 36, encara os desafios do dia a dia. Em quatro anos, ele passou de faxineiro a professor na Universidade Metodista.
Em 2001, Monteiro foi demitido de uma empresa de alimentos, onde trabalhava na área de vendas e merchandising. Por meio de um conhecido, ficou sabendo que a Universidade Metodista estava recrutando pessoas para o setor de higiene. “Sem pretensão, fui até a faculdade saber mais sobre as vagas e acabei conversando com o próprio chefe do setor de limpeza e manutenção”, lembra.
Depois de participar do processo seletivo, Monteiro foi chamado para começar a trabalhar em janeiro de 2002. “Quando soube que quem trabalhava na instituição tinha direito à bolsa de estudos, foi a realização de um sonho. Sempre tive vontade de cursar Ensino Superior. O emprego caiu como uma luva”, conta.
Monteiro abraçou a oportunidade, encarando aquele emprego como outro qualquer. “Analisei a questão da bolsa de estudos e percebi que teria ainda mais benefícios. Assumi aquela profissão com toda vontade mesmo.” Preconceito, ele conta que sofreu apenas por parte de alguns antigos colegas de trabalho, mas sabia quais eram os seus objetivos – batalhar e estudar. “Trabalho desde os 16 anos e com certeza aquele foi o melhor emprego que eu tive na minha vida”, afirma.
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