Deficiência em Cena não é nenhuma crítica a espetáculos. Nem mesmo a forma pejorativa e até grosseira de citar a atuação de pessoas com deficiência no teatro e na dança. É o nome de um livro escrito pela coreógrafa Carolina Teixeira a partir de sua vivência junto ao Roda Viva Cia. De Dança - grupo potiguar pioneiro na profissionalização de bailarinos com deficiência no mercado da dança contemporânea nacional. O livro vai além e discute a crise dos corpos deficientes nas artes cênicas do Brasil e a problemática do discurso inclusivo. A publicação é a primeira no país a tratar do assunto. O livro será lançado hoje no Espaço O Sandwich (Av. Olavo Montenegro - rua da Ponta Negra Fiat, em Capim Macio), às 19h.
"O cotidiano vivido por quem é deficiente - que a sociedade desconhece - é a matéria prima para as criações cênicas dos artistas. É no território da exclusão, da impossibilidade, da intolerância, da especulação social que esses corpos se ressignificam e devolvem à sociedade uma resposta que não é salvadora, nem redentora; é apenas o direito à criação no campo das artes, a própria liberdade de poder viver a experiência da deficiência, sem pieguismos, sem doutrinas, mas com muita responsabilidade quando se trata de fazer e pensar arte", comenta Carolina, que já foi bailarina e mestre em Artes Cênicas pela UFBA.
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