Nacionalmente conhecida como uma das cidades mais bonitas e tranquilas do país, João Pessoa sempre foi alvo de muitos turistas, que, ao chegarem na cidade, encontravam a boa qualidade de vida que não era possível de ser encontrada nas grandes metrópoles.
Infelizmente, essa realidade começa a mudar. Apontada pelo Mapa da Violência 2012 como a segunda capital mais violenta do país, João Pessoa assusta pelo crescimento no número de homicídios nos últimos dez anos, apresentando crescimento de quase 151% em assassinatos.
Em 2000 a capital paraibana registrava 226 assassinatos, enquanto ano passado essa marca foi de 581 homicídios. No ranking atual da violência nas capitais, levando em consideração o número de homicídios por 100 mil habitantes, João Pessoa subiu onze posições nesta última década, passando do 13º lugar para o 2º.
Hoje, a cidade fica a frente de capitais como Recife (4º), São Paulo (27º) e Rio de Janeiro (23º), e perde apenas para Maceió, que teve 1.025 assassinatos no ano passado. Na região metropolitana de João Pessoa, que além da capital paraibana inclui os municípios de Bayeux, Cabedelo, Conde, Cruz do Espírito Santo, Lucena, Mamanguape, Rio Tinto e Santa Rita, o aumento também foi preocupante. De 261 homicídios em 2000, para 814 em 2010, passando da 15ª posição para a 3ª.
Ocupando a 20ª posição no início da década, a Paraíba tinha uma taxa de 519 homicídios. Em 2010, esse número mais que duplicou, passando a ser registrados 1.454 assassinatos, dando ao estado o 6º lugar na taxa de homicídios brasileiros. Alagoas, Espírito Santo, Pará, Pernambuco e Amapá foram os estados que ficaram a frente da Paraíba nesse ranking.
Nestes dez anos, o Sudeste foi a única que conseguiu obter queda no número de homicídios, passando de 11 mil (2000), para pouco mais de 4 mil (2010). A região Nordeste duplicou o número de assassinatos, passando de 3.454 para 6.425 em 2010. O estudo ainda apontou que no Nordeste mata-se muito mais pessoas de raça negra do que de raça branca; são 15 mil homicídios de negros para 1.302 de brancos.
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