A chuva que não para de cair desde as primeiras horas da madrugada desta terça-feira (24), em João Pessoa (PB), já causa transtornos à população e deixa os moradores das áreas de risco em alerta. O trânsito ficou caótico e muitos pessoenses chegaram atrasados ao trabalho.
Quem precisou passar na principal avenida da cidade, a Epitácio Pessoa (que liga o centro às praias), enfrentou congestionamentos no início da manhã. O volume da água deixou parte da avenida alagada, o que dificultou a passagem dos veículos de passeio.
Para os pedestres, a situação ficou mais complicada. Os poucos que se arriscaram tiveram de passar por dentro da água, que atingiu pelo menos 60 centímetros de altura.
Situação parecida ocorreu na avenida João Machado, na área central de João Pessoa. Temerosos com a quantidade de água, muitos motoristas tiveram de procurar uma via alternativa. Um trajeto habitual feito em 20 minutos hoje levou cerca de 50 minutos.
Na avenida Ministro José Américo de Almeida (Beira Rio) - que liga o centro às praias - o trânsito foi parcialmente interrompido no início da manhã. A orientação dos órgãos de trânsito é para que os motoristas dirijam com o máximo de cautela.
Nas comunidades de risco, o clima também é de alerta. A Defesa Civil está monitorando essas áreas desde a semana passada. Cerca de 40 famílias da comunidade Timbó, localizada na zona sul da capital, estão em moradias vulneráveis. Elas devem ser relocadas até o final desta semana. Ao todo são 31 áreas de risco em João Pessoa.
De acordo com a especialista Marli Bandeira, da Agência Executiva de Gestão das Águas (Aesa), as fortes chuvas são decorrentes da combinação de dois fatores: vórtice ciclônico de altos níveis (fenômeno recorrente na época do verão) e a umidade proveniente do oceano Atlântico. "Essa junção favoreceu a chuva no Nordeste, sobretudo na Paraíba", afirmou.
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