Depois de experimentar quatro quedas seguidas de público, entre 2005 e 2008, as salas de cinema no Brasil registraram crescimento de 20% em 2010, atraindo 134,9 milhões de pessoas. Já a arrecadação nas bilheterias, de acordo com dados da Filme B, subiu 30% no período, ultrapassando a marca de R$ 1 bilhão.
No entanto, apesar dessa evolução, para boa parte dos brasileiros o cinema ainda é uma diversão quase inacessível, especialmente para quem só tem o salário mínimo para bancar todos os seus gastos. Pesquisa do Instituto de Defesa do Consumidor (Idec) revela que capitais como Brasília e São Paulo têm um dos ingressos mais caros em relação ao mínimo, entre 13 cidades de 11 países ao redor do mundo.
Na capital federal, considerando o ingresso de R$ 21 e o mínimo nacional de R$ 545, em vigor na época da coleta dos dados (outubro de 2011), a entrada de cinema corresponde a 3,85% da renda. Já na capital paulista, com o ingresso custando R$ 20 e o piso estadual de R$ 610, a entrada equivale a 3,28% da renda. As duas cidades perdem apenas para Johanesburgo, na África do Sul, onde um ingresso de cinema representa 7,82% do salário mínimo vigente na localidade.
Ranking.
Mesmo quando se atualiza o salário mínimo brasileiro para R$ 622, em vigor desde o último dia 1º, Brasília continua no topo, com o preço do ingresso correspondendo a 3,37% do piso salarial. Por outro lado, na cidade americana de Nova York, a entrada de cinema equivale a menos de 0,80% do mínimo vigente.
Cinema com economia.
Para quem não quer abrir mão de frequentar o cinema, mas sempre está com o orçamento apertado, a dica principal é ficar atento aos dias ou horários que oferecem descontos. Na rede Cinemark, nas quartas-feiras, por exemplo, em algumas salas, o espectador paga o ingresso promocional, equivalente ao ingresso da matinê, que normalmente é mais barata, mesmo se optar pela sessão noturna.
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