De janeiro a junho de 2012, foram identificados 4073 potenciais doadores de órgãos e tecidos no Brasil. Deste total, somente 1217 se tornaram doadores efetivos, segundo dados divulgados pela Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO).
No Rio Grande do Norte, foram 78 notificações e apenas 26 doadores, no mesmo período. A recusa da família ainda é a principal barreira para a doação: neste ano, 63% dos familiares entrevistados1 em todo o Brasil negaram a doação, especialmente por desconhecer a vontade de seu parente. Já no Rio Grande do Norte, esse percentual cai para 52, mostrando que, embora a média do estado seja melhor que a nacional, o potencial dos potiguares ainda é muito maior. O estado com o melhor índice foi Minas Gerais, com 23%, e o pior foi o Acre, com recusa de 85%.
Para combater esse cenário – que só aumenta o tempo de espera na fila por uma doação e impede que milhares de vidas sejam salvas todos os anos – a Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO) e a Novartis se uniram para promover a campanha "Doar não é um tabu. Conte para sua família. Conte com sua família", que tem como objetivo estimular as famílias conversaremabertamente sobre o assunto, sem preconceitos e sem medo. Para ser um doador de órgãos hoje, basta manifestar esse desejo aos familiares, sem a necessidade de um registro formal no RG ou CNH.
"Estudos mostram que a intenção em ser um doador é muito maior do que o número real de doadores. Isso ocorre porque a família simplesmente não conhece a vontade de seu parente e na hora da entrevista acaba recusando a doação”, relata Dr. José O. Medina Pestana, presidente da ABTO e professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). “Vencer essa barreira só depende de um gesto simples, por isso, queremos estimular que as famílias conversem e ajudem a salvar milhares de pessoas que hoje esperam por uma doação", reforça o médico.
Segundo o Caio Teodoro, gerente da área de Transplantes da Novartis, toda a campanha foi inspirada em combater a principal causa de recusa das doações no Brasil. “Queremos estimular o diálogo familiar sobre esse tema, já que um único doador pode salvar até 10 vidas", sustenta o executivo.
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