Em julho de 2011, quando realizava um
exame de rotina, a nutricionista Renildes Cardoso descobriu que tinha o
tipo mais agressivo de câncer de mama, que ameaçava se espalhar pelo
corpo.
Sem nunca ter desistido da chance de
superar a doença, ela fez a cirurgia para retirar um quadrante da mama.
Ao longo dos últimos dois anos, também fez radio e quimioterapia e,
quando finalmente recebeu alta médica, descobriu que, por ter estado
afastada por mais de dois anos, teria que se aposentar com apenas 53
anos.
“Sempre fui muito ativa e aquela
situação foi dramática. Parecia que estava sendo punida por ter me
afastado para cuidar de mim”, completa. Junto com a equipe de saúde que
tratou do seu caso, Renildes lutou pelo direito de voltar a ter uma vida
normal, depois de ter conseguido vencer o câncer. “Precisei brigar
muito, mas com a rede de apoio que se formou em torno de mim, a
religião, a família e o suporte psicológico, estou de volta!”, comemora.
De acordo com a oncologista Luciana
Landeiro, do Núcleo de Oncologia da Bahia (NOB), o retorno ao trabalho
representa a retomada da vida para as mulheres que vivenciaram o câncer
de mama. “O Brasil não possui dados sobre como é feita a reinserção das
pacientes sobreviventes ao mercado de trabalho”, diz a médica, que está
desenvolvendo um projeto de pesquisa sobre o tema na Universidade de São
Paulo (USP).
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