Após 24 dias, os servidores da Saúde pública do Rio Grande do Norte
decidiram suspender a greve nos hospitais e unidades de atendimento a
pacientes no estado. A decisão foi tomada em assembleia realizada no
final da tarde desta sexta-feira (11) em Natal,
e confirmada pela assessoria do Sindicato dos Servidores da Saúde do RN
(Sindsaúde-RN). Os servidores retornam ao trabalho na manhã deste
sábado (12) na troca do plantão.
Segundo nota enviada à imprensa, a decisão de retornar aos trabalhos se
deu “após a sanção da governadora à lei que revisa o Plano de Cargos,
Carreira e Remuneração (PCCR), assinada na manhã de hoje, e o
compromisso do governo sobre outros pontos da pauta deste ano”.
Ainda segundo o sindicato, a categoria promete novas mobilizações
durante a Copa do Mundo contra os gastos nos jogos e por melhorias na
saúde pública.
“No ano passado, nós saímos da greve com um acordo, mas o governo
descumpriu. Desta vez, a categoria decidiu só sair de greve com a lei
assinada pela governadora”, afirmou Manoel Egídio Júnior, vice
coordenador geral do Sindsaúde. Ainda de acordo com o sindicalista, a
lei aprovada na Assembleia Legislativa no último dia 3 “garante o
principal compromisso assumido na greve de 2013, que é a tabela correta,
com a diferença de 3% entre os níveis, a ser implantada em abril (nível
elementar), maio (nível médio) e junho (nível superior), com extensão
aos aposentados”.
Além da revisão dos salários, o sindicato diz que os servidores
conseguiram o compromisso do governo em implantar a mudança de nível,
atrasada desde 2012, e a revisão da portaria que regulamenta os
plantões, permitindo um aumento na quantidade de trocas entre os
funcionários e a redução dos descontos em caso de falta.
“Há um aumento da quantidade de faltas e adoecimento da categoria,
provocados pela sobrecarga de trabalho e pelo déficit de 2.950
servidores nos hospitais. O TCE já permitiu a convocação de novos
servidores nas vagas dos que se exoneraram. Esperamos que o governo
convoque imediatamente os concursados para os hospitais, para que a
categoria pare de adoecer”, afirma Egídio. Via g1.
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