Os servidores da saúde de Natal
iniciaram uma greve nesta terça-feira (15) em todas as unidades básicas
e de atendimento 24 horas, como a Maternidade das Quintas, o Hospital
dos Pescadores, o Sandra Celeste e o Serviço de Atendimento Móvel de
Urgência (Samu). Neste primeiro dia de greve, os servidores realizam um
ato em conjunto com os professores do município, que estão em greve
desde o dia 7 de abril, em frente ao prédio da Prefeitura.
De acordo com o Sindicato dos Servidores da Saúde do RN (Sindsaúde/RN),
a greve é uma resposta à decisão da Prefeitura de Natal que propôs um
reajuste de apenas 2% nos salários dos servidores neste ano, enquanto as
perdas chegam a 14,07%. O Sindsaúde reivindica 18,34% de reajuste no
salário-base e reajuste nas gratificações.
“Os servidores não estão dispostos a aceitar pagar a conta pelos
milhões que são gastos na Copa e com o reajuste de até 166% nos cargos
comissionados”, afirma Célia Dantas, do Sindsaúde.
Além das reivindicações econômicas, a greve na saúde exige a garantia
de segurança nas unidades, que estão alvos constantes de ataques. De
acordo com o Sindsaúde, só neste ano, já foram três casos de invasões e
assaltos a mão armada em unidades básicas. A mais recente foi na unidade
Vale Dourado, quando uma servidora foi assaltada com uma arma na cabeça. “A Prefeitura tem responsabilidade sobre o que acontece dentro das unidades. Não podemos trabalhar com medo”, afirma Célia.
Ainda segundo informações do Sindsaúde, a greve também reivindica a
reabertura da Maternidade Leide Morais e as demais unidades fechadas ou
em reformas; o cumprimento dos acordos passados; a defesa da jornada e
dos plantões e o fim do assédio moral nas unidades de saúde.
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