quinta-feira, junho 19, 2014

Bloqueio judicial da Telexfree completa um ano e nada foi resolvido.

Carro com marca da TelexFree na cidade Lucas do Rio Verde no estado do Mato Grosso
Carro com marca da TelexFree na cidade de Lucas do Rio Verde, no estado do Mato Grosso

Há exatamente um ano, a juíza do Tribunal de Justiça do Acre, Thaís Borges, decretou a suspensão das atividades da Ympactus Comercial S/A (TelexFree) no Brasil e o bloqueio de bens da empresa e de seus sócios. Contudo, de lá para cá, o processo avançou muito pouco nos âmbitos cível e criminal. A exceção foi a vitória do Juizado Especial do Espírito Santo, que conseguiu, por meio de uma brecha na lei brasileira, penhorar bens dos sócios da TelexFree e empresas relacionadas a eles para ressarcir divulgadores. A TelexFree é investigada pelo Ministério Público Federal (MPF), juntamente com mais de 80 empresas, por suspeita de criar um esquema de pirâmide financeira envolvendo mais de 1 milhão de pessoas.

Outro avanço foi a multa de 5,590 milhões de reais aplicada à TelexFree no Brasil pelo Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor (DPDC), órgão da Secretaria Nacional do Consumidor, alegando que ela ofendeu princípios do Código Brasileiro do Consumidor. Contudo, devido à lentidão das investigações, até o momento a empresa não foi formalmente acusada pelo Ministério Público e, portanto, seus sócios ainda não podem ser considerados réus.

Em fevereiro, a Primeira Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES) negou o segundo pedido de recuperação judicial da TelexFree. O relator do processo, o desembargador substituto Lyrio Regis de Souza Lyrio, destacou na sessão que a empresa não atende aos requisitos mínimos da Lei da Recuperação Judicial, como ter, pelo menos, dois anos de atividades.

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