A chegada do segundo semestre, com a
proximidade dos exames finais e vestibulares, tem comprometido o
equilíbrio emocional e físico dos estudantes. Segundo um recente estudo
feito pelo Instituto de Pesquisa e Orientação da Mente (IPOM), junto ao
Instituto Sou +Jovem, o medo dos resultados das provas aumenta a
ansiedade dos jovens.
Criada para investigar as causas e os
impactos dessa realidade na saúde dos estudantes, a pesquisa foi
realizada com 1.300 pessoas de 16 a 25 anos. Dentre elas, 68% afirmaram
ter excesso de nervosismo às vésperas das provas e, destes, 61% disseram
sentir frio na barriga e dores de estômago nessas mesmas ocasiões.
Dores de cabeça foram queixa de 58% dos pesquisados e 64% afirmaram
dormir mal ou ter insônia.
O estudo ainda mostra que as
dificuldades de concentração e memorização de conteúdo afetam 67% dos
entrevistados. Mais da metade dos jovens (54%) revelou que não alcança o
rendimento desejado, mesmo quando se dedica mais. Segundo Myriam
Durante, presidente do IPOM, quando a fisiologia é modificada por conta
do estresse e da ansiedade, os processos inconscientes do corpo também
se alteram, como temperatura, pulsação, pressão sanguínea e respiração.
Com isso, o cérebro trabalha com menor potencial – assim como os demais
órgãos –, fazendo com seja mais difícil memorizar novas informações e,
até mesmo, lembrar conteúdos já assimilados.
Por isso, a grande dica é que os jovens
aprendam a detectar a ansiedade para usá-la a seu favor. Fernando Elias
José, psicólogo especializado na orientação de estudantes, diz que é
importante que o aluno tenha preocupações – sem exageros –, pois isso o
mantém atento e aplicado aos estudos. Mas é preciso saber identificar a
hora em que tal sentimento começa a atrapalhar o desempenho de cada um.
“Neste momento, é preciso parar, respirar, comer algo, ir ao banheiro,
beber água e, só depois, voltar à prova ou aos estudos”, explica.
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