A cinco dias das eleição, um quarto do eleitorado do Estado, que está
indeciso, se deparou com um debate previsível, realizado na noite de ontem
terça-feira (30) pela Intertv Cabugi, afiliada local da Rede Globo. O
ponto alto do encontro foi atingido por causa de uma falha da produção,
que permitiu a concentração da fala entre Henrique Eduardo Alves (PMDB) e
Robinson Faria (PSD).
Os dois lideram todos os levantamentos realizados até o momento, em
que pese Alves ter vantagem sobre o vice-governador. Com a palavra
concentrada entre ambos, o eleitor foi apresentado a um jogo de ataques,
que tinha o propósito de desconstruir a imagem tão bem edificada nos
programas de TV de cada um.
O embate entre os principais adversários revelou que a estratégia
adotada foi a de que não se mexe em time que está ganhando. A questão é
saber quem está ganhando, já que Henrique repetiu seu discurso pensado
sobre repulsa ao radicalismo e a exaltação à união pela mudança.
Por outro lado, Robinson repisou as aspas sobre acordão, a falta de
projetos políticos do deputado Henrique Eduardo Alves e o histórico do
atual presidente da Câmara, que tem participado de todos os governos
recentes do Estado. Noves fora isso, coube a Araken Farias (PLS) e
Robério Paulino (PSOL) orbitarem como satélites que reverberaram ora
críticas a Henrique, ora críticas a Robinson.
O diferencial do embate, contudo, pode ter sido a audiência, ainda
não conhecida. Em um momento no qual 25% do eleitorado declaram voto
nulo, branco ou indeciso, o debate serviu para posicionar um referencial
dos candidatos no imaginário desse eleitor, que tende a tomar ciência
sobre a eleição nos últimos dias que antecedem o pleito.
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