7.673 locais de trabalho, entre
agências e centros administrativos, foram fechados no segundo dia de
greve (André Lessa / AE/VEJA)
A greve nacional dos bancários ganhou
força no segundo dia de paralisação, de acordo com balanço divulgado
pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro
(Contraf-CUT). Nesta quarta-feira, foram fechados 7.673 locais de
trabalho, entre agências e centros administrativos. Na terça-feira, o número era de 6.572 unidades,
ou seja, houve um crescimento de 1.101 locais, ou 16,75%. A Federação
Nacional dos Bancos (Fenaban) informou que não tem novas informações a
acrescentar em relação ao movimento.
Em São Paulo, o Sindicato dos Bancários
da capital paulista, Osasco e Região estima que 35 mil trabalhadores
aderiram à greve. De acordo o balanço divulgado nesta quarta-feira,
permaneceram fechados 571 locais de trabalho (12 centros
administrativos, duas áreas de contingência e 557 agências). “A
paralisação ganhou a adesão de um importante setor que é o call center. A
greve só vai acabar quando os bancos apresentarem uma proposta que
contemple aumento real, valorização nos pisos e soluções para questões
de saúde e condições de trabalho”, destacou a presidenta do sindicato,
Juvandia Moreira.
Os bancários aprovaram na noite de segunda-feira o
início da greve por tempo indeterminado a partir de ontem. Entre as
reivindicações da categoria estão reajuste salarial de 12,5%, com a
recomposição da inflação medida pelo INPC e aumento real de 5,8%,
elevando o piso salarial a R$ 2.979,25. Também estão na pauta pontos
como 14º salário, participação nos lucros e vales-alimentação e
refeição. Na última rodada de negociações, a Fenaban propôs um reajuste
de 7,35% e aumento de 8% para o piso da categoria.
No ano passado os bancários promoveram
uma greve nacional que durou 23 dias. A categoria somente retomou as
atividades após um acordo por um reajuste de 8%, o que representou um
ganho real de 1,82%.
A Contraf-CUT vai realizar amanhã
manifestações em frente à sede do Banco Central (BC) em Brasília e
também nas nove representações da autarquia pelo país. O objetivo é
protestar contra as propostas de independência do BC que, segundo o
sindicato, beneficia apenas o sistema financeiro de bancos privados. (Veja/Com Estadão Conteúdo e Agência Brasil)
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