Alzheimer: Quanto mais tarde o homem
apresenta distúrbios do sono, maior o risco de demência, segundo novo
estudo (Thinkstock/VEJA)
Pesquisadores da Suécia, após
acompanhar um grupo de homens por quatro décadas, descobriram uma
relação entre distúrbios do sono e risco elevado de demência. Segundo os
especialistas, por exemplo, a chance de ter Alzheimer ao envelhecer foi
51% maior entre aqueles que se queixam de insônia e outros problemas
para dormir. As conclusões fazem parte de uma pesquisa divulgada nesta
semana periódico Alzheimer’s & Dementia.
“É importante ressaltar que existem
vários fatores, como o exercício físico, que podem influenciar a saúde
do cérebro. Assim, concluímos que bons hábitos de sono são também
essenciais para manter em dia a saúde do órgão conforme envelhecemos”,
explica Christian Benedict, um dos autores do estudo e pesquisador da
Universidade Uppsala, na Suécia.
Na pesquisa, a equipe acompanhou cerca
de 1 000 homens de 50 anos de idade entre 1970 e 2010. Os autores
cruzaram dados sobre relatos de distúrbios do sono e a incidência de
demência entre os participantes.
De acordo com o estudo, os homens que
relatavam ter problemas para dormir tiveram um risco 33% maior de
desenvolver alguma demência em comparação com aqueles que não
apresentavam distúrbios do sono. No caso específico do Alzheimer, essa
chance foi 51% mais elevada. A pesquisa também concluiu que o risco de
demência aumentou quando os problemas relacionados ao sono eram
apresentados por homens acima dos 70 anos.
“Quanto mais tarde o distúrbio do sono é
relatado, maior o risco de o homem desenvolver a doença de Alzheimer.
Esses resultados sugerem que as estratégias destinadas à melhora da
qualidade do sono no fim da vida podem ajudar a reduzir o risco da
demência”, diz Benedict.
Outras pesquisas já constataram a importância de uma boa noite de sono para o cérebro. Por exemplo, um estudo recente
da Universidade de Bonn, na Alemanha, concluiu que uma noite sem dormir
causa sintomas de esquizofrenia. Além disso, um trabalho feito nos
Estados Unidos e publicado em agosto mostrou que o risco de obesidade é 20% maior em jovens que dormem menos do que seis horas por noite.
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