O pedido de auditoria no segundo turno eleitoral feito pelo PSDB não
encontrou eco no Tribunal Superior Eleitoral. Quatro dos sete ministros
da Corte já dizem nos bastidores, em observações críticas ao partido de
Aécio Neves, que a tendência é de que o pedido seja rejeitado já na
sessão da próxima terça-feira.
“Não há nada que comprometa” a lisura do processo eleitoral, avaliou o
corregedor-geral da Justiça Eleitoral, ministro João Otávio de Noronha.
Na ação levada à Justiça Eleitoral, o PSDB cobra a abertura de um
processo para verificar os sistemas de votação e de totalização dos
votos, com a criação de uma comissão de especialistas indicados pelos
partidos políticos para analisar os dados solicitados à Justiça
eleitoral. Parte dos documentos pedidos pelo partido, como os boletins
de urna, é de acesso público na internet. Outros podem ser requisitados
pelos partidos, com base nas resoluções do TSE.
A avaliação inicial na Corte é de indignação com o pedido dos
tucanos. Noronha chegou a classificar como “prejudicial” à democracia o
pedido. Outros ministros usam a expressão “desserviço” e
“antidemocrático” para se referir ao pedido, mas destacam que o plenário
vai discutir o tema inclusive para “esclarecer” o processo eleitoral à
sociedade. Pela leitura da peça elaborada pelo PSDB e notícias
divulgadas, ministros avaliam que não há “nenhum fato concreto” que
motive uma autoria.
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