A falta de arquivos públicos nos municípios brasileiros é a principal
ameaça à memória nacional. Das 5.570 cidades, apenas 3% dispõem de
local apropriado para guarda de documentos. Para estimular as
prefeituras a investir em arquivos públicos, o governo federal lançou dia (5) uma campanha nacional.
Diretor-geral do Arquivo Nacional, Jaime Antunes da Silva alertou que
a perpetuação da história brasileira ficará ameaçada, caso os
municípios não comecem a guardar e catalogar seus acervos documentais.
“A data é o passo inicial de uma campanha massiva para sensibilizar
gestores para que se criem arquivos públicos municipais. Eles terão como
função guardar e preservar acervos produzidos e de valor histórico
permanente, além de fazer uma mediação fundamental com o cidadão”,
destacou Jaime, que também é presidente do Conselho Nacional de
Arquivos.
Segundo ele, a falta de arquivos e pessoal capacitado para lidar com
documentos, separando o que tem valor do que pode ser descartado, pode
causar um grande lapso histórico no país.
“A documentação produzida pelos municípios corre sério risco. Sem
equipamentos, para onde mandar os arquivos das secretarias? Se não tiver
uma ação aproximando governo federal, estados e municípios, corremos
risco de, em pouco tempo, termos uma amnésia de informação”, salientou.
Para capacitar os gestores e servidores municipais, o Arquivo
Nacional disponibilizará, a partir de março de 2015, uma página
específica na internet, com informações básicas e um curso de educação a
distância. Também deverão ser enviadas missões para avaliar locais de
instalação e treinar pessoal. Informações e contatos podem ser obtidos
no endereço eletrônico do Arquivo Nacional (www.arquivonacional.gov.br).
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