O nível do Sistema Cantareira, principal manancial de São Paulo, voltou a
registrar aumento de 0,6 ponto porcentual, a maior desde o início da
crise hídrica, e completou duas semanas de alta nesta quinta-feira (19).
Segundo boletim da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São
Paulo (Sabesp), os reservatórios operam com 9,5% da capacidade, ante
8,9% no dia anterior.
Responsável por abastecer 6,5 milhões de
pessoas, o manancial subiu 2,2 pontos porcentuais só nos últimos quatro
dias. Além do alto volume de chuva neste mês, outro fator ajuda a
explicar as altas consecutivas dos reservatórios que compõem o sistema: a
redução de 66% do volume de água retirado do Cantareira pela Sabesp. Há
um ano, a captação era de 32,6 mil litros por segundo. Hoje, esse
número é de mil litros por segundo.
Nas últimas 24 horas, a pluviometria
conferida na região do Cantareira não foi alta, de 3 milímetros.
Considerando os outros dias do mês, contudo, o volume acumulado, de 260
milímetros, já é cerca 30,6% maior do que a média histórica de
fevereiro, de 199,1 mm.
A última vez em que o Cantareira
registrou queda foi no dia 1º de fevereiro, quando desceu de 5,1% para
5%. Comparado ao primeiro dia do ano, quando estava com 7,2%, o volume
atual de água represada é 2,3 pontos porcentuais superior e está
equiparado ao do dia 23 de novembro, quando também estava com 9 5%.
Apesar das altas seguidas, a situação do
Cantareira ainda está longe da normalidade. O atual cálculo da Sabesp
para a capacidade do manancial inclui duas cotas do volume morto – água
represada abaixo dos túneis de captação. A primeira, de 182,5 bilhões de
litros de água, foi adicionada em maio, enquanto a segunda, de 105
bilhões de litros, em outubro.
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