O brasileiro Rodrigo Gularte
escoltado por policiais e apresentado à imprensa no escritório da
Alfândega, perto do principal aeroporto de Jacarta, na Indonésia.
Rodrigo foi preso tentando tentando contrabandear cocaína escondida em
pranchas de surf – 05/08/2004
O brasileiro Rodrigo Gularte, executado
na Indonésia por tráfico de drogas, não tinha conhecimento de que seria
fuzilado na ilha de Nusakambangan. De acordo com o padre Charlie
Burrows, que ofereceu a última benção aos prisioneiros, Gularte
perguntou se estava “sendo executado” quando os guardas o algemaram para
retirá-lo de dentro da cela. Burrows disse ter passado três dias
tentando explicar para Gularte qual era a sua real situação no corredor
da morte. “Eu afirmei: ‘Sim, achei que tinha explicado isso a você’. Ele
não ficou agitado – ele é um garoto tranquilo -, mas disse: ‘Isso não
está certo’”, contou o padre, em entrevista a uma rádio irlandesa,
reproduzida pelo jornal The Guardian.
A defesa de Gularte argumentava que ele
apresentava transtornos mentais. A família do brasileiro apresentou
laudos médicos para comprovar que Gularte sofria de esquizofrenia, mas a
promotoria do país asiático sustentou que ele era saudável. Pela
legislação da Indonésia, a doença mental pode livrar um criminoso da
pena capital. O brasileiro chegou a ser examinado por médicos
recomendados pela procuradoria-geral da Indonésia, mas os resultados da
análise nunca vieram a público.
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