quinta-feira, abril 30, 2015

“ESTOU SENDO EXECUTADO?”, PERGUNTOU BRASILEIRO FUZILADO NA INDONÉSIA.

O brasileiro Rodrigo Gularte escoltado por policiais e apresentado à imprensa no escritório da Alfândega, perto do principal aeroporto de Jacarta, na Indonésia. Rodrigo foi preso tentando tentando contrabandear cocaína escondida em pranchas de surf – 05/08/2004

O brasileiro Rodrigo Gularte, executado na Indonésia por tráfico de drogas, não tinha conhecimento de que seria fuzilado na ilha de Nusakambangan. De acordo com o padre Charlie Burrows, que ofereceu a última benção aos prisioneiros, Gularte perguntou se estava “sendo executado” quando os guardas o algemaram para retirá-lo de dentro da cela. Burrows disse ter passado três dias tentando explicar para Gularte qual era a sua real situação no corredor da morte. “Eu afirmei: ‘Sim, achei que tinha explicado isso a você’. Ele não ficou agitado – ele é um garoto tranquilo -, mas disse: ‘Isso não está certo’”, contou o padre, em entrevista a uma rádio irlandesa, reproduzida pelo jornal The Guardian.

A defesa de Gularte argumentava que ele apresentava transtornos mentais. A família do brasileiro apresentou laudos médicos para comprovar que Gularte sofria de esquizofrenia, mas a promotoria do país asiático sustentou que ele era saudável. Pela legislação da Indonésia, a doença mental pode livrar um criminoso da pena capital. O brasileiro chegou a ser examinado por médicos recomendados pela procuradoria-geral da Indonésia, mas os resultados da análise nunca vieram a público.

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