Phan Thi Kim Phuc, nua, e outras crianças, fugindo de sua aldeia, bormbardeada com napalm, durante a Guerra do Vietnã, em 1972
O Vietnã celebra nesta quinta-feira o
40º aniversário da queda de Saigon, o último episódio da guerra, com
duras críticas aos Estados Unidos e um desfile que recordou a entrada
dos tanques das forças comunistas na cidade. “Cometeram inúmeros crimes
bárbaros, provocaram perdas incomensuráveis e muita dor à população de
nosso país”, disse o primeiro-ministro Nguyen Tan Dung para a multidão
reunida diante do Palácio da Independência, tomado há 40 anos pelos
tanques do Vietnã do Norte. O “fervoroso patriotismo” permitiu a vitória
final graças à “brilhante e criativa direção do Partido Comunista”,
acrescentou Dung, diante de milhares de soldados. A guerra do Vietnã,
entre 1955 e 1975, provocou a morte de mais de 2 milhões de vietnamitas,
muitos deles civis vítimas dos bombardeios, e de 58.000 militares
americanos.
Centenas de milhares de pessoas ficaram
feridas, muitas delas intoxicadas pelo ‘agente laranja’, um herbicida
que contém dioxina e que os americanos lançaram em várias regiões do
país. O conflito dividiu profundamente a opinião pública americana,
abalada pela morte de milhares de jovens soldados, e foi a primeira
grande derrota de uma superpotência que se considerava, até então,
invencível.
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