O Dia das Mães deve movimentar a economia do País, mas sem a
intensidade de outros anos. De todo modo, haverá uma demanda maior na
indústria e no comércio e, para isso, 32,5 mil vagas de trabalho
temporário devem ser abertas em todo o País – 1% inferior ao mesmo
período do ano passado. A indústria tende a ser o setor com maior número
de contratações, com 55% do total. Em seguida aparecem comércio (27%),
entretenimento e lazer (12%) e feiras e eventos (6%). A pesquisa de
previsão de temporários para o Dia das Mães foi feita pelo Centro
Nacional de Modernização Empresarial (Cenam), a pedido da Fenaserhtt e
do Sindeprestem, Federação Nacional e Sindicato das Empresas de
Terceirização e de Trabalho Temporário no Estado de São Paulo,
respectivamente.
De acordo com a diretora de Comunicação do Sindeprestem, Maria Olinda
Maran Longuini, devido à proximidade entre a Páscoa e o Dia das Mães,
uma tendência tem se repetido desde 2011: “as empresas optam por
contratar o trabalhador temporário por um período maior e assim garantir
mão de obra suficiente para atender as duas datas comemorativas, o que é
positivo para o contratado – que tem a chance de ficar mais no emprego –
e para o contratante, que pode treinar melhor a equipe e agregar
qualidade ao atendimento”, explica.
Neste ano, 30 mil temporários remanescentes da
Páscoa continuarão contratados para o Dia das Mães. Portanto, no total,
62,5 mil temporários possivelmente devem estar com um contrato de
trabalho assinado neste período. A maior parte dos salários (61%) deve
ser entre R$ 905 e R$ 1.200, mas a remuneração pode chegar até R$ 1.800
dependendo da função ocupada. Considerando o total de temporários no
período, cerca de 300 pessoas podem ser efetivadas pelas empresas
contratantes em todo país – 0,5%. No ano passado o índice de efetivação
chegou a 5%. Para Vander Morales, presidente da Fenaserhtt e do
Sindeprestem, o baixo índice de efetivação está diretamente relacionado
ao momento econômico brasileiro. “Estamos diante de um cenário de crise e
instabilidade financeira. O momento pede o enxugamento dos custos,
portanto, não há espaço para o aumento do quadro de funcionários
efetivos nas empresas contratantes. Permanecer como empregado fixo é
possível, mas certamente exigirá mais empenho e dedicação por parte do
funcionário”.
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