A 17ª Bienal Internacional do Livro no
Rio superou todas as expectativas dos organizadores e encerrou ontem
domingo (13) com público de 676 mil visitantes. O número é recorde nos
32 anos da feira editorial, que agora se consolida como um evento
voltado para o público jovem.
De acordo com o presidente do Sindicato
Nacional dos Editores de Livros, Marcos Pereira, em 11 dias, foram
vendidos 3,7 milhões de livros, com faturamento de R$ 83 milhões. “A
gente tinha segurança de que o público viria. O público vir e consumir
reforça a ideia de que a gente tem leitores no Brasil”, disse.
Do total do público, 56% são jovens
entre 15 e 29 anos. O percentual foi maior do que o da edição anterior,
em 2013, quando chegou a 51%. O historiador João Alegria, curador do
espaço infantil Bamboleio e do CuboVoxes, atividade destinada a
integração dos jovens na feira, disse que o resultado reflete o
comportamento dessa faixa de idade na população brasileira.
“Ela é mais presente na sociedade
brasileira e é muito ativa economicamente. Trabalha, é empreendedora;
está começando a ter dinheiro, conquistar autonomia e usa o seu
dinheiro, inclusive, para acessar bens culturais, como acontece na
compra de livros”, avaliou.
A diretora da Bienal, Tatiana Zaccaro,
não acredita que os extensos engarrafamentos, causados pela dificuldade
de acesso ao Riocentro, em função das obras para os Jogos Olímpicos e
Paralímpicos de 2016, possa ter impedido a ida de visitantes.
“O aumento de público foi acima da nossa
expectativa. Estamos muito felizes com este resultado. Vamos ver como
será em 2017, quando a gente vai ter um BRT [estação para ônibus de
transporte rápido] aqui no Riocentro”, disse, esperando que na próxima
Bienal as obras estejam concluídas.
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