Seguir uma dieta mediterrânea com
ingestão adicional de azeite extra virgem ou nozes também contribuiu
para o aumento da expectativa de vida e redução de 30% no risco de
doenças cardiovasculares nas mulheres participantes do
estudo(Thinkstock/VEJA)
Seguir uma dieta mediterrânea rica em
azeite de oliva extra virgem ajuda a reduzir o risco de câncer de mama. É
o que diz um estudo publicado na última edição da revista científica JAMA Internal Medicine.
O novo estudo, realizado por
pesquisadores da Universidade de Navarra, na Espanha, foi realizado com 4
282 mulheres, com idade média de 68 anos. Durante a pesquisa, as
participantes foram divididas em três grupos que receberam as seguintes
orientações: o primeiro deveria seguir a dieta mediterrânea, com consumo
de uma quantidade maior de azeite extra virgem; o segundo seguiria a
mesma alimentação mas, em vez do azeite, deveria consumir uma quantidade
adicional de nozes; e o terceiro, denominado grupo de controle, recebeu
a indicação de seguir uma dieta com baixo consumo de gordura.
Durante a pesquisa, as participantes do
primeiro grupo receberam um litro de azeite de oliva por semana e as do
segundo receberam 7,5 gramas de nozes e 7,5 gramas de amêndoas, também
por semana. Após cinco anos, os resultados mostraram que as voluntárias
do grupo do azeite reduziram em 68% seus riscos de desenvolver câncer de
mama, em comparação com as participantes do grupo de controle. No
entanto, não houve redução nos riscos da doença nas participantes do
grupo das nozes, em comparação com aquelas que seguiram uma dieta com
baixo consumo de gordura.
O estudo, que tinha como objetivo
analisar os efeitos da dieta mediterrânea no risco de doenças
cardiovasculares, já havia mostrado que ambas as dietas – com ingestão
adicional de azeite extra virgem ou nozes – contribuíram para o aumento
da expectativa de vida e da redução de 30% no risco de doenças
cardiovasculares nas voluntárias.
Os pesquisadores ressaltam que todas as participantes do estudo viviam na Espanha, onde a dieta mediterrânea já faz parte da alimentação da população. Além disso, as pacientes tinham um risco aumentado de doenças cardiovasculares (foco principal do estudo) e não de câncer de mama. Por isso, eles não conseguiram determinar com certeza se os efeitos preventivos foram proveniente do consumo adicional de azeite extra virgem ou da dieta mediterrânea em si.
“Os resultados da pesquisa sugerem que
há um efeito benéfico em seguir a dieta mediterrânea com um consumo
adicional de azeite extra virgem na prevenção primária do câncer de
mama. No entanto, estes resultados têm de ser confirmados por estudos de
longo prazo com um número maior de casos incidentes”, afirmou Miguel A
Martínez-González, principal autor do estudo.
Dieta mediterrânea - A
dieta mediterrânea é rica em frutas, verduras, legumes, nozes e
castanhas, peixes, carne magra, azeite e vinho. A diferença entre o
azeite de oliva extra virgem e o azeite comum é que o primeiro é
extraído das azeitonas de forma mecânica, sem o uso de calor ou produtos
químicos adicionais que podem alterar suas propriedades.
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