Quando a pancada de Sheilla bateu na rede e
voltou, algo se mostrou fora do lugar. A casa estava cheia, a festa
estava
montada, mas tudo desabou em pouco mais de duas horas. Como numa ironia
escrita às pressas, o roteiro
montado há tempos foi jogado no lixo. Nas previsões, poucas medalhas
pareciam
tão certas. Pareciam. Em uma noite para ser esquecida, o Brasil lutou
até o fim, mas caiu para a
China em 3 sets a 2, parciais 15/25, 25/23, 25/22, 22/25 e 15/13, e deu
adeus ao sonho do tricampeonato olímpico nos Jogos do Rio. O choro em
quadra foi inevitável.
Na fase de classificação, a China
passou em quarto lugar no grupo B. O Brasil, que sequer havia perdido um
set na competição, havia avançado em primeiro. Embalada, a China vai
encarar a Holanda, nesta quinta-feira, para definir uma das finalistas.
A queda nas quartas de final transforma, nos números, a participação
brasileira na pior desde os Jogos de Seul, em 1988, quando terminou em
sexto lugar. Desde então, a equipe sempre havia avançado ao menos às
semifinais, conquistando o ouro em Pequim 2008 e Londres 2012, além do
bronze em Atlanta 1996 e Sydney 2000. Apesar do status de favorito ao
ouro, o Brasil não conseguiu conter a força de Ting Zhu, que terminou a
partida com incríveis 28 pontos. Do lado brasileiro, Fernanda Garay, com
24 pontos, Sheilla, com 18, e Natália, com 20, foram os principais
destaques.
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