Assim que foram apresentados pelo locutor em quadra, Alison Cerutti
e Bruno Schmidt levantaram a galera. O Mamute abriu os braços e pediu
apoio. O público foi ao
delírio e correspondeu. Parecia um estádio de futebol. Parecia um
caldeirão. E nem a chuva que caía forte na Arena de Vôlei de Praia, em
Copacabana, no início da madrugada desta sexta-feira, foi
suficiente para esfriar o calor e a energia que emanavam dos donos da da
casa na decisão contra os italianos Nicolai e Lupo. E foi
nesse clima que o Brasil ganhou mais dois novos campeões olímpicos. Com o
placar
de 2 a 0, parciais de 21/19 e 21/17, na raça e no coração, o capixaba e o
brasiliense garantiram
a medalha de ouro nas areias de Copacabana. Podem soltar o grito de "É
campeão!", podem bater no peito, podem comemorar muito.
Trata-se da segunda medalha de ouro olímpica do Brasil no
vôlei de praia masculino. A primeira foi há 12 anos, quando Ricardo e
Emanuel venceram Javier Bosman e Pablo Herrera, da Espanha, em Atenas
2004. Foi justamente com Emanuel que Alison teve a sua primeira
participação olímpica. A parceria vitoriosa durou
quatro anos. Quando Mamute, o gigante de 2,03m, resolveu se separar do
campeão da
edição grega dos Jogos, passou então a jogar com Bruno logo na
sequência. Para o sobrinho do apresentador do "Fantástico" Tadeu
Schmidt, que estava na arquibancada com a família e se emocionou muito,
foi a primeira vez numa Olimpíada. Já sai como campeão. E jogando em
casa.
A medalha de bronze ficou com os holandeses Brouwer e Meeuwsen, que
marcaram 2 a 0, parciais 23/21 e 22/20, nos russos Viacheslav
Krasilnikov e Konstantin Semenov. É a primeira medalha olímpica da
história do país no vôlei de praia.
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