Depois de romper um silêncio de quatro
dias e considerar o massacre em um complexo penitenciário de Manaus um
“acidente pavoroso”, o presidente Michel Temer usou nesta quinta-feira,
5, a sua conta pessoal no Twitter para defender o emprego da palavra
“acidente”.
O uso da expressão “acidente pavoroso” causou uma repercussão
negativa nas redes sociais, o que surpreendeu o Palácio do Planalto.
Segundo auxiliares palacianos, o uso da palavra para definir a tragédia
em Manaus não foi equivocado.
Também surpreendeu o governo que, diante do lançamento do Plano
Nacional de Segurança, com a divulgação de medidas como a construção de
cinco novos presídios federais, tenha se dado tanta publicidade a esse
trecho da fala do presidente.
“Sinônimos da palavra ‘acidente’: tragédia, perda, desastre, desgraça, fatalidade”, escreveu Temer no Twitter.
A assessoria de imprensa do presidente também destacou no Twitter que
o “governo investirá mais de R$ 2,2 bilhões no sistema penitenciário em
2017”.
Na manhã desta quinta-feira, o presidente abriu a reunião com o
Núcleo Institucional do governo federal se solidarizando com os
familiares do massacre ocorrido no último domingo, 1º, no Complexo
Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), em Manaus.
“Eu quero, em uma primeira fala, mais uma vez solidarizar-me com as
famílias que tiveram os seus presos vitimados naquele acidente pavoroso
que ocorreu no presídio de Manaus. Nossa solidariedade, portanto, é uma
solidariedade governamental e, tenho certeza, apadrinhada por todos
aqueles que aqui se acham”, discursou Temer.
De acordo com o dicionário Houaiss, acidente é um “acontecimento
casual, inesperado, fortuito” ou “qualquer acontecimento, desagradável
ou infeliz, que envolva dano, perdão, lesão, sofrimento ou morte”.
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