O presidente da Rússia, Vladimir Putin, “ordenou” uma campanha para
tentar influenciar o resultado da eleição de 8 de novembro nos Estados
Unidos. É o que diz o relatório da Inteligência Nacional sobre o caso,
cuja versão “não confidencial” foi divulgada nesta sexta-feira (6). As
informações são da Agência Ansa.
Confirmando o que já havia sido dito pela Agência Central de
Inteligência (CIA) nas últimas semanas, o objetivo do Kremlin era ajudar
o republicano Donald Trump a derrotar a democrata Hillary Clinton.
Contudo, apesar de o magnata ter sido eleito, o relatório afirma que a
ação patrocinada por Moscou não alterou o resultado das urnas.
Os serviços de inteligência dos Estados Unidos alegam que hackers
russos, com a anuência do presidente Vladimir Putin, invadiram os
computadores do Partido Democrata e repassaram as informações obtidas ao
site WikiLeaks, de Julian Assange. Esses dados continham e-mails que indicavam um suposto favorecimento da legenda a Hillary nas primárias.
O caso levou à expulsão de 35 diplomatas russos acusados de
espionagem pelo presidente Barack Obama. Para o magnata republicano,
trata-se de uma “caça às bruxas” realizada pelos seus adversários, que
estão “envergonhados” por terem perdido a eleição.
“Os ataques [cibernéticos] não tiveram absolutamente nenhum efeito
sobre o resultado da votação”, declarou Trump, ecoando a conclusão
apresentada pela Inteligência Nacional. O presidente eleito teve sua
vitória ratificada pelo Congresso, em sessão conjunta, nesta
sexta-feira.
Essa era a última etapa formal antes da posse do republicano e de seu
vice, Mike Pence, marcada para o próximo dia 20. O magnata recebeu 304
votos no colégio eleitoral, contra 227 de Hillary, embora a democrata
tenha vencido na votação popular (48% a 46%).
A discrepância nos resultados ocorre porque a eleição para presidente
dos EUA é indireta. Como Trump faturou estados importantes e com muitos
delegados, incluindo Wisconsin, Michigan e Pensilvânia, acabou
superando a rival.
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