O Instituto Previdenciário do Rio Grande do Norte (Ipern) não pode
sacar os recursos do Fundo Financeiro do Estado (Funfirn) para pagar
salários de aposentados e pensionistas. A informação foi repassada
oficialmente pela gerência geral do Banco do Brasil aos representantes
do Estado e confirmada ao G1 RN pelo procurador-geral adjunto do Estado,
João Carlos Coque. O governo queria usar o dinheiro para liberar
recursos e pagar os duodécimos dos poderes estaduais, que estão
atrasados.
De acordo com o procurador, o banco informou que os recursos não
podem ser sacados até o prazo final das aplicações financeiras em que
foram depositados. Elas acabarão entre 2019 e 2021. Ao todo, o fundo
conta atualmente com R$ 321 milhões. “Não pode ser usado nada, à exceção
de um valor bem pequeno, que não resolve o problema do Estado”, afirmou
Coque.
Em acordo fechado semana passada na Justiça, com o Ministério
Público, o governo do estado previa usar o dinheiro do fundo
previdenciário para pagar os vencimentos dos aposentados e pensionistas
em novembro e dezembro e, desta forma, desafogar a Fonte 100 (fonte
financeira de onde o estado tira dinheiro para pagar salários e outras
despesas) para repassar os duodécimos dos poderes estaduais. Os valores,
que são repassados mensalmente a instituições como o Tribunal de
Justiça, Assembleia Legislativa, Ministério Público e Tribunal de Contas
estão atrasados.
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