O uso do celular já fez muito professor colocar aluno para fora da
sala de aula e levou escolas a pregar placas nas paredes informando a
proibição da utilização do aparelho. Hoje, os tempos mudaram e, cada vez
mais, a tecnologia se faz presente nas instituições de ensino. Os
dispositivos antes inaceitáveis se tornaram parceiros no processo de
aprendizagem.
De acordo com a Pesquisa sobre o Uso das Tecnologias de Informação e
Comunicação nas Escolas Brasileiras, em 2015 apenas 39% dos professores
utilizavam o celular para desenvolver atividades com os alunos, porém,
em 2017 o número percentual aumentou quase 20% e entre os alunos o uso
também cresceu: dos 10 mil e 800 estudantes entrevistados, mais da
metade afirmou utilizar o celular como ferramenta de pesquisa,
principalmente para trabalhos escolares.
Números como estes demonstram que cada vez mais o celular tem se
tornado ferramenta para auxiliar nas pesquisas e atividades,
principalmente pela facilidade que o ambiente virtual proporciona aos
alunos e professores. Um exemplo são os jogos e aplicativos com fins
educativos, que ajudam a entrelaçar a diversão ao aprendizado de um
determinado conteúdo ou disciplina, tornando o conhecimento divertido e
interativo.
O professor Olavo Vitorino ensina Geografia a alunos do 5º e 6º ano e
afirma que a tecnologia dos celulares é essencial para a disciplina que
ministra. “Com o aparelho nas mãos, meus alunos ‘viajam’ por vários
lugares e ‘conhecem’ locais diferentes sem sair da Escola MOV. Isso
torna a aula mais atrativa”, comentou.
Para o professor, a presença da tecnologia na sala de aula é “algo
natural do processo da evolução humana. O que é preciso é usá-la de
maneira consciente, com metodologias que façam o aluno ter consciência
do uso adequado. O essencial é trabalhar a concentração e ter objetivos
claramente definidos”, destacou.
Não é só no ensino fundamental que a tecnologia dos celulares está
sendo usada. Willian Nascimento faz faculdade de Engenharia Biomédica na
Universidade Federal do Rio Grande do Norte, a UFRN. De acordo com ele,
tem professor que incentiva os alunos a usarem o aparelho para melhor
acompanhamento das aulas.
“O professor de Anatomia indicou para gente um aplicativo que nos
permite acompanhar melhor o que está sendo trabalho por ele. Isso é algo
muito positivo. Nos proporciona vantagens, pois se trata de mais uma
fonte de conhecimento”, comentou. Por outro lado, de acordo com o
universitário, “ainda tem professor que pede para que a turma esqueça o
celular”.
Para o professor Olavo Vitorino, o uso de dispositivos tecnológicos
na sala de aula precisa ser considerado como uma via que facilite o
aprendizado. “A tecnologia tem que ser vista como um meio e não como um
fim. É um caminho e não o objetivo”, pontuou. Via PnoAR.
Nenhum comentário:
Postar um comentário