quinta-feira, agosto 30, 2018

Celular: de inaceitável a necessário em sala de aula.

O uso do celular já fez muito professor colocar aluno para fora da sala de aula e levou escolas a pregar placas nas paredes informando a proibição da utilização do aparelho. Hoje, os tempos mudaram e, cada vez mais, a tecnologia se faz presente nas instituições de ensino. Os dispositivos antes inaceitáveis se tornaram parceiros no processo de aprendizagem.

De acordo com a Pesquisa sobre o Uso das Tecnologias de Informação e Comunicação nas Escolas Brasileiras, em 2015 apenas 39% dos professores utilizavam o celular para desenvolver atividades com os alunos, porém, em 2017 o número percentual aumentou quase 20% e entre os alunos o uso também cresceu: dos 10 mil e 800 estudantes entrevistados, mais da metade afirmou utilizar o celular como ferramenta de pesquisa, principalmente para trabalhos escolares.

Números como estes demonstram que cada vez mais o celular tem se tornado ferramenta para auxiliar nas pesquisas e atividades, principalmente pela facilidade que o ambiente virtual proporciona aos alunos e professores. Um exemplo são os jogos e aplicativos com fins educativos, que ajudam a entrelaçar a diversão ao aprendizado de um determinado conteúdo ou disciplina, tornando o conhecimento divertido e interativo.

O professor Olavo Vitorino ensina Geografia a alunos do 5º e 6º ano e afirma que a tecnologia dos celulares é essencial para a disciplina que ministra. “Com o aparelho nas mãos, meus alunos ‘viajam’ por vários lugares e ‘conhecem’ locais diferentes sem sair da Escola MOV. Isso torna a aula mais atrativa”, comentou.

Para o professor, a presença da tecnologia na sala de aula é “algo natural do processo da evolução humana. O que é preciso é usá-la de maneira consciente, com metodologias que façam o aluno ter consciência do uso adequado. O essencial é trabalhar a concentração e ter objetivos claramente definidos”, destacou.

Não é só no ensino fundamental que a tecnologia dos celulares está sendo usada. Willian Nascimento faz faculdade de Engenharia Biomédica na Universidade Federal do Rio Grande do Norte, a UFRN. De acordo com ele, tem professor que incentiva os alunos a usarem o aparelho para melhor acompanhamento das aulas.

“O professor de Anatomia indicou para gente um aplicativo que nos permite acompanhar melhor o que está sendo trabalho por ele. Isso é algo muito positivo. Nos proporciona vantagens, pois se trata de mais uma fonte de conhecimento”, comentou. Por outro lado, de acordo com o universitário, “ainda tem professor que pede para que a turma esqueça o celular”.

Para o professor Olavo Vitorino, o uso de dispositivos tecnológicos na sala de aula precisa ser considerado como uma via que facilite o aprendizado. “A tecnologia tem que ser vista como um meio e não como um fim. É um caminho e não o objetivo”, pontuou. Via PnoAR.

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