Nem 10% dos alunos de 14 a 17 anos de escolas particulares do País
estão no nível considerado avançado de Português. Só esse pequeno grupo,
por exemplo, consegue entender perfeitamente expressões de humor em
contos, crônicas e artigos. Os dados são do Sistema de Avaliação da
Educação Básica (Saeb) 2017, divulgados nesta quinta-feira, 30, pelo
Ministério da Educação (MEC).
Pela primeira vez, a rede privada pôde se voluntariar para participar
do exame, que é a mais importante avaliação brasileira. Até então, o
governo as selecionava por amostragem.
O MEC, no entanto, não informou quantas nem quais escolas
particulares fizeram o Saeb em 2017. A prova mede a aprendizagem dos
alunos do 5º ano e 9º ano do Ensino Fundamental e do 3º do médio, desde
1995, nas escolas públicas.
Em Matemática, as notas são um pouco melhores e a proporção de
adolescentes com uma boa aprendizagem gira em torno de 20%. Eles são
capazes de resolver problemas utilizando probabilidade.
Mesmo assim, a rede particular ainda tem melhores resultados. A média
conjunta dos estudantes de escolas municipais, estaduais e federais, no
Ensino Médio, em Matemática é 259,7. Nas privadas, é 329,48, uma
diferença de 69,78 pontos. Em Português, a disparidade é de 55,3 pontos.
Isso faz com que os dois grupos estejam em níveis diferentes de
aprendizagem. A média de alunos de escolas públicas é insuficiente e a
nota dos de colégios particulares já é considerada básica.
Os alunos de escolas privadas de São Paulo têm desempenho parecido
com o resto do Brasil. Só 7,7% deles estão no nível avançado de
Português e 23,61%, em Matemática.
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