O juiz Sérgio Moro tem 15 dias para explicar à corregedoria do Conselho
Nacional de Justiça (CNJ) sobre a divulgação de parte da delação
premiada do ex-ministro Antônio Palocci contra o ex-presidente Lula às
vésperas das eleições.
O CNJ atende à uma representação apresentada pelos deputados federais
do Partido dos Trabalhadores (PT) Paulo Pimenta (RS), Wadih Damous (RS)
e Paulo Teixeira (SP), que acusam o magistrado de ter atuado para
prejudicar o PT na reta final da campanha eleitoral.
Os parlamentares pediram que o juiz seja punido porque argumentam
que a atitude de Moro teve direcionamento partidário explícito,
atendendo a interesses de criminalizar os investigados. Na petição, os
petistas pedem que o CNJ conceda uma medida liminar para proibir o juiz
federal de quebrar o sigilo de qualquer material que possa impactar de
alguma forma o processo eleitoral.
Sérgio Moro liberou no início da semana parte da delação premiada
em que acusa o ex-presidente Lula de saber do esquema de corrupção na
Petrobrás desde 2007 e de participar do esquema de propina que teria
sido utilizado para bancar a campanha da ex-presidente Dilma Rousseff. A
Defesa de Lula nega as acusações e alega que Palocci continua mentindo
para conseguir benefício e relaxar sua pena sem apresentar provas do que
diz.
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