A 7ª Vara Federal Criminal na capital paulista rejeitou hoje (16) a
denúncia apresentada pelo Ministério Público Federal (MPF) contra o
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e seu irmão José Ferreira da
Silva, conhecido por Frei Chico. O MPF havia acusado ambos de corrupção
passiva.
Segundo o MPF, entre 2003 e 2015, Frei Chico, sindicalista com
carreira no setor do petróleo, teria recebido mais de R$ 1 milhão por
meio de pagamentos, feitos de forma oculta, que variaram de R$ 3 mil a
R$ 5 mil e que eram parte de um pacote de vantagens indevidas oferecidas
a Lula em troca de benefícios obtidos pela Odebrecht junto ao governo
federal.
O juiz federal Ali Mazloum considerou a denúncia inepta e baseada em
interpretações e suposições. “Não se tem elementos probatórios de que
Lula sabia da continuidade dos pagamentos a Frei Chico sem a
contrapartida de serviços, muito menos que tais pagamentos se davam em
razão de sua nova [recente] função [a presidência da República, a partir
de 2003]”, acrescentou.
A Justiça rejeitou ainda a denúncia contra outros três executivos da
Odebrecht, por suposta prática de corrupção ativa: Emilio e Marcelo
Odebrecht, donos da empreiteira Odebrecht, e Alexandrino de Salles Ramos
Alencar, ex-diretor da empresa.
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