"Foi uma experiência incrível competir na Escolar. O primeiro contato que tive com o esporte paralímpico, com uma competição de verdade, onde descobri que era possível me tornar um atleta de alto rendimento. Gostei daquela atmosfera. É uma porta de entrada para outros atletas, como foi para mim", destacou Wendell, nadador da classe S11 (deficiência visual), que disputou o evento em 2013 e 2015.
Tendo como precursor o projeto “Paraolímpicos do Futuro”, em 2006, a Paralimpíada Escolar é realizada desde 2009. Talisson (natação), Gledson (futebol de 5), Alex (goalball), Yeltsin (atletismo) e Leomon surgiram justamente nesta edição, disputada em Brasília. O último deles, campeão paralímpico no goalball em Tóquio, assim como Alex, curiosamente se destacou nas pistas. Outros medalhistas também foram revelados naquele evento pioneiro, como o velocista e campeão paralímpico Alan Fonteles, a arremessadora de peso Marivana Oliveira, o saltador Mateus Evangelista, a mesatenista Bruna Alexandre e os nadadores Ruiter Santos, Andrey Garbe e Matheus Rheine.
“O evento oferece aos estudantes a oportunidade de mostrarem seus talentos, como em 2009, quando o Alan Fonteles correu com uma prótese de madeira. Além disso, impacta outros projetos da iniciação esportiva, principalmente no Camping Escolar, onde nós selecionamos os melhores da Paralimpíada Escolar e eles passam a ser acompanhados, por um ano, por técnicos de alto rendimento do Comitê, além de participarem de dois encontros no Centro de Treinamento Paralímpico [em São Paulo] e disputarem torneios regionais e nacionais [das respectivas modalidades]”, explicou o coordenador de Desporto Escolar do CPB, Ramon Pereira, à Agência Brasil.
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