A empresa está desenvolvendo um imunizante para o Alzheimer que visa combater os oligômeros beta-amiloide — que são cadeias de proteínas que quando se acumulam no cérebro provocam as manifestações clínicas da doença. O imunizante estimula a produção de anticorpos que podem reconhecer as formas beta-amiloide capazes de desenvolver neurotoxinas.
"É muito gratificante que o ALZ-101 tenha agora entrado em testes clínicos em uma área com uma necessidade médica tão grande não atendida. Estamos ansiosos para continuar o desenvolvimento deste potencial tratamento modificador da doença com o objetivo de longo prazo de tratar e prevenir o início e a progressão desta doença devastadora ”, disse Kristina Torfgård, CEO da Alzinova, em um comunicado para a imprensa.
O ensaio clínico para a vacina é duplo-cego controlado por placebo, ou seja, nem os pesquisadores nem os participantes saberão quais indivíduos estão recebendo a medicação e quais o placebo. A condução do trabalho está com a Clinical Research Services Turku (CRST), que tem experiência anterior em estudos de Alzheimer, segundo Alzinova.
O estudo planeja inscrever 26 pacientes com doença de Alzheimer em estágio inicial, e seu objetivo principal é avaliar a segurança e tolerabilidade da vacina ALZ-101. Estudos pré-clínicos não demonstraram indícios de problemas de toxicidade ou inflamação associados ao imunizante.
Os cientistas esperam avaliar também a resposta imunológica do corpo à vacina após múltiplas doses, bem como analisar uma série de biomarcadores associados ao Alzheimer.
Os participantes recrutados para o estudo receberão quatro doses da
vacina ALZ-101 ou placebo durante um período de tratamento de 20 semanas
(cerca de cinco meses). Duas doses diferentes de ALZ-101 serão
analisadas. Os resultados de primeira linha do teste são esperados para o
segundo semestre de 2023.
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