Francisco afirmou a uma coalizão de mulheres que o conflito na Ucrânia é produto da "velha lógica de poder que ainda domina a chamada geopolítica".
Segundo ele, a verdadeira resposta não está em mais armas e mais sanções.
"Fiquei envergonhado quando li que um grupo de Estados se comprometeu a gastar 2% do Produto Interno Bruto [PIB] na aquisição de armas como resposta ao que está acontecendo agora. Loucura", disse Francisco.
A Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) tem a meta de 2% do PIB de cada Estado-membro para gastar em defesa. Muitos ficaram aquém nos últimos anos, causando contrariedade aos Estados Unidos.
A Alemanha anunciou, no mês passado, que aumentaria drasticamente os gastos com defesa para mais de 2% do PIB, em uma mudança de política provocada pelo conflito na Ucrânia.
Uma das maiores potências militares da Europa, a França disse que atingirá a meta de gastos de 2% da Otan, pretendida pelos Estados Unidos neste ano. Outros países europeus também decidiram aumentar os gastos em vários níveis. A Itália está no meio de acalorado debate político sobre os aumentos propostos.
Francisco defendeu "uma maneira diferente de governar o mundo globalizado, não mostrando os dentes, como é feito agora, mas estruturando as relações internacionais".
Ele não fez nenhuma sugestão sobre como isso poderia ser feito.
Desde o início da guerra, o papa tem
criticado implicitamente Moscou, condenando o que chama de "agressão
injustificada" e denunciando "atrocidades", mas não citando a Rússia
especificamente. Via A/B.
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