quinta-feira, março 03, 2022

Violência contra as mulheres cresceu para 83% dos paulistanos em 2021.

A percepção de que o número de casos de assédio sexual e violência contra as mulheres aumentou na cidade de São Paulo cresceu 9 pontos percentuais (p.p.) ao passar de 74% em 2020 para 83% em 2021. Somente entre as mulheres esse aumento foi de 6 p.p., passando de 82% para 88%. Pelo menos dois terços dos paulistanos (64% e 63%) sempre têm medo de ser roubado ou furtado nos espaços públicos e três em cada dez não têm medo de assédio sexual ou estupro (31% e 35%).

Os dados são da pesquisa da Rede Nossa São Paulo, divulgada hoje (3) e mostram que as mulheres sentem-se mais vulneráveis nos espaços públicos da cidade, já que a maioria delas tem medo de sofrer os mais variados tipos de violência, enquanto os homens se preocupam mais com roubo e furto. Segundo os dados, 72% das mulheres temem ser roubadas, 73% temem ser furtadas.

Quando se fala de agressão verbal esse percentual é 52%. Outras 46% temem ser agredidas fisicamente e 41% ficam preocupadas em sofrer aglum tipo de preconceito. Segundo a pesquisa, 35% das mulheres afirmaram já terem sofrido algum preconceito ou discriminação no trabalho por ser mulher. Em 2020 esse percentual foi 31%.

O assédio sexual é temido por 59% das entrevistadas e o estupro por 60%. O transporte público continua sendo o local considerado o de maior risco para sofrer algum tipo de assédio, com 52% das mulheres declarando temerem os trens, ônibus e metrô da cidade. Em seguida aparecem a rua (20%), bares e casas noturnas (7%), pontos de ônibus (5%), ambiente familiar (3%), transporte particular (3%), e o trabalho (2%).

De acordo com os dados, 61% das paulistanas declararam já terem sofrido algum tipo de assédio: 47%, no transporte coletivo; 36% passaram por abordagens desrespeitosas, 31% dentro do ambiente de trabalho (aumento de 9 p.p. ante 2020); 19% dentro do ambiente familiar; e 12% dentro de transporte particular.

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