“Não é papel dos comandantes militares opinar sobre o processo político, muito menos sobre a atuação das instituições republicanas”, observou a dirigente petista.
Segundo Gleisi, o direito de manifestação não se aplica a atos contra a democracia, que devem ser tratados pelo nome: golpismo. “E [devem] combatidos, não são pacíficos nem ordeiros.”
O pronunciamento de Gleisi Hoffmann se deu ao ser questionada sobre uma nota divulgada hoje, pelos três comandates das Forças Armadas, reconhecendo a legitimidade de manifestações golpistas no país.
“É uma manifestação desses três comandantes, deste governo”, isolou Gleisi, que também comanda o Conselho Político da Presidência da República na transição. “A totalidade das Forças Armadas não pensa assim [golpista, contra a democracia]”, finalizou.
Críticas à partidarização dos militares
O deputado federal Zeca Dirceu (PT-PR) também criticou a militância política dos militares na transição. Para o petista, a Constituição é clara, não cabe aos comandantes das forças armadas ficar opinando sobre a política do Brasil.
“Sendo assim, o melhor a fazer é ignorar qualquer nota ou declaração deles. A responsabilidade legal sobre os destinos do país é do executivo, legislativo e judiciário”, disse o parlamentar.
Para o deputado Carlos Zarattini (PT-SP), as Forças Armadas foram usadas
por Bolsonaro como massa de manobra e não atuaram como órgão de Estado.
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