Rita Lee gosta de abreviar e ironizar. As respostas abaixo são bons exemplos: curtas, diretas, objetivas e, claro, irônicas. O título do último CD - que será apresentado amanhã no show do Teatro Riachuelo - é a prova cabal: Etc. A explicação? Ela mesma explica: "Para encurtar exemplos sobre o mesmo tema evitando estresse verbal usamos no final da frase 'et cetera', que no embalo de sua própria preguiça se auto-escreve 'etc'. Atrevimento ainda maior é quando, às três letrinhas, são adicionados três pontinhos. Puro bocejo gaiato". E continua: "Se bobear os terráqueos conhecem o significado do código desde o tempo dos atlantes. Oras, para que escrever com todas as letras se podemos usar apenas três? Afinal, economizar energia é preciso".
De tanta energia contida, Rita Lee se mantém atuante em 45 anos de música. A alcunha de Rainha do Rock foi conquistada pós-Mutantes. Muito mais pela atitude política e contestadora, do que pelos riffs distorcidos das guitarras. A sonoridade do novíssimo Etc, ela prefere generalizar: "uma mistureba musical", disse na entrevista a seguir, feita com perguntas enviadas pela internet. A política, o sarcasmo, a ironia, estão nas palavras: "Falar do show é chover no molhado: sou a miss simpatia que não tem muita ideia do que pode rolar na hora. Vá lá me ver e a gente vai se falando. Se não der talvez eu tenha outros 45 anos de estrada pela frente para continuar fazendo tudo diferentemente igual".
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