Estudo publicado pelo médico brasileiro David Szpilman, chefe do CTI do Hospital Municipal Miguel Couto, no Rio, numa importante revista médica britânica lança luz sobre o grande número de mortes em decorrência de afogamentos. Em todo o mundo, são 500 mil mortes, de acordo com a Organização Mundial de Saúde. No Brasil, são sete mil vidas que se perdem anualmente. O afogamento é a segunda causa de morte de crianças de 1 a 9 anos, atrás dos acidentes de trânsito. O principal causador desses acidentes é a falta de vigilância nas áreas de risco.
Oitenta e cinco por cento dessas vítimas, o trabalho destaca, poderiam ser poupadas com o aumento da supervisão. Se fosse considerada a frequência de exposição ao nado, em comparação com o tráfego, o risco de afogamento seria 200 vezes maior que o do trânsito. As principais áreas de risco são as de água doce, principalmente lagoas e rios, onde há casas próximas. A falta de conhecimento sobre os perigos causa o afogamento de muitas crianças que veem esses locais como áreas de recreação.
A pesquisa, publicada em maio no New England Journal of Medicine, traça os fatores de risco para afogamento: ser do sexo masculino, ter menos de 14 anos, consumo de álcool, baixo nível educacional, baixa renda e maior exposição à água no entorno de casa. O risco para um portador de epilepsia é de 15 a 19 vezes maior que o da população geral.
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