Qualificação e oportunidades são duas coisas que caminham juntas. No entanto, enquanto a oferta de vagas cresce em uma ponta, a capacitação tem seu custo na outra, o que distancia boa parte da população da formação profissional adequada. Diante desse gargalo, os cursos gratuitos se disseminam como ferramentas importantes para preparar profissionais a assumirem vagas de emprego, ou mesmo seguirem os caminhos do empreendedorismo. "Quem não está no mercado, só não está porque não tem qualificação", constata o diretor regional do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac/RN), Helder Cavalcanti.
Entidades como o Senac e o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai/RN) já investiam na qualificação gratuita, porém, um grande impulso vem sendo dado na área após o lançamento do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec). No Rio Grande do Norte o projeto do governo federal envolve ainda o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (IFRN) e a Escola Agrícola de Jundiaí (EAJ). Se contabilizadas as vagas desde o início do programa federal, lançado no segundo semestre do ano passado, serão mais de 12 mil vagas ofertadas até o fim de 2012.
Senac e Senai também possuem seus próprios programas de gratuidade, nos quais são oferecidas outras milhares de oportunidades para pessoas de baixa renda se qualificarem. "O público é de pessoas carentes que não têm condição de financiar o curso", explica a gerente de Educação do Senai/RN, Simone Oliveira. Mesmo com o custo zero, as instituições garantem que a qualidade em nada difere do conteúdo ofertado e material didático distribuído para o público pagante. "O aluno chega para disputar no mercado na mesma condição do pagante", completa o diretor regional do Senac/RN.
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