A presidente do Sindicato dos Bancários e
Financiários de São Paulo, Osasco e Região, Juvandia Moreira, disse
nesta quarta-feira, 18, que a greve dos bancários, a ser iniciada na
quinta-feira, 19, terá como foco a paralisação dos centros
administrativos dos bancos. “Precisamos que o cliente entenda por que
estamos em greve. Vamos priorizar os centros administrativos, e não as
agências. Os caixas eletrônicos, por exemplo, irão funcionar”, afirmou.
No entanto, disse ela, por um dia, nesta quinta-feira, as ações estarão
inicialmente centralizadas nas agências bancárias.
De acordo com Juvandia, mais da metade
dos cerca de 140 mil bancários trabalha em centros administrativos, onde
são realizados serviços relacionados a câmbio e corretagem, entre
outros. A sindicalista disse que é possível que, a partir do segundo dia
de greve, na sexta-feira, algumas agências voltem a abrir. “Alguns
bancários de bancos privados temem represálias.”
Os bancários reivindicam reajuste de
11,93%, sendo 5% de aumento real. Os bancos oferecem 6,1% de reajuste.
Frente a essa proposta, assembleias realizadas no dia 12 definiram greve
a partir de quinta-feira por tempo indeterminado. Segundo Juvandia, o
sindicato ainda espera algum posicionamento da Federação Nacional dos
Bancos (Fenaban) com nova proposta.
A presidente do sindicato disse que os
seis maiores bancos brasileiros – Banco do Brasil, Caixa Econômica
Federal, Bradesco, Itaú, Santander e HSBC – empregam a maior parte dos
trabalhadores do setor. No ano passado, a greve dos bancários se
estendeu por nove dias e obteve ganho real de 2%. (Estadão)
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