A luta contra a Aids entrou em uma nova
fase – e já é possível vislumbrar o fim da epidemia em 2030, afirmou
Luis Loures, diretor-executivo-adjunto da Unaids, programa da
Organização das Nações Unidas destinado a combater a doença. “Eu penso
que 2030 é uma meta viável para dizer que chegamos ao fim da epidemia. O
HIV vai continuar existindo com um caso aqui e outro ali, mas não no
nível epidêmico como temos hoje”, disse Loures, durante um encontro com
jornalistas no Panamá.
Segundo dados da Unaids, todos os anos
são registradas 3 milhões de novas infecções com o HIV no mundo,
provocando a morte de 1,7 milhão de pessoas anualmente. Mas, em
decorrência dos avanços recentes no combate à doença, esse número pode
estar prestes a mudar. “Podemos chegar ao fim da epidemia porque temos
tratamento e forma de controlar as infecções. Estamos avançando, não há
dúvidas”, afirmou Loures, que está no Panamá para discutir com agências
das Nações Unidas na América Latina novas estratégias para combater a
doença.
Esse avanço recente na luta contra a
doença ocorre graças a um acesso maior aos medicamentos e a uma queda
considerável em seu custo. Há 20 anos, o tratamento anual para uma
pessoa com HIV custava em média 17.000 dólares. Hoje, o custo é de
apenas 150 dólares anuais, o que se deve, em grande parte, à introdução
dos remédios genéricos. Além disso, as pessoas com o HIV iniciam os
tratamentos cada vez mais cedo, o que retarda o aparecimento da doença.
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