Com a baixa do estrogênio, a mulher fica mais vulnerável a males como colesterol alto, osteoporose e doenças cardiovasculares
Por volta dos 50 anos, uma data marca
uma nova fase na vida de uma mulher: a menopausa. Essa etapa, que se
caracteriza como o dia da última menstruação e se consolida após um ano
sem menstruar, representa o fim do ciclo ovulatório.
A transição da idade fértil para a
infértil traz uma série de sintomas à saúde da mulher. Com bons hábitos
de vida, no entanto, é possível fazer uma passagem suave. “Medidas como
dieta saudável e atividade física regular podem atenuar os sintomas da
menopausa em até 80%”, diz Domingos Mantelli, ginecologista do Hospital e
Maternidade Santa Joana, em São Paulo.
As mudanças que preparam o corpo para a
menopausa começam a partir dos 40 anos, quando o metabolismo desacelera —
fica mais difícil emagrecer, por exemplo. Por volta dos 47 anos, os
hormônios estrogênio e progesterona caem gradativamente. Nessa fase,
chamada de perimenopausa, podem se manifestar mais de 200 sintomas, como
ondas de calor, irritabilidade, diminuição da lubrificação vaginal,
ressecamento da pele e irregularidade do ciclo menstrual. Dentre eles, o
mais usual são as ondas súbitas de calor, chamadas de fogacho,
consequência da baixa do estrogênio que descontrola a região do cérebro
responsável pelo controle da temperatura corporal.
O período chamado de climatério, que
começa na perimenopausa e se prolonga à pós-menopausa (até os 65 anos),
deve ter acompanhamento médico. “Com a baixa do estrogênio, a mulher
fica mais exposta a males como colesterol alto, osteoporose e doenças
cardiovasculares. Por isso, ao entrar na perimenopausa, é indispensável
fazer um check-up completo”, diz Fabio Laginha, ginecologista e
coordenador da Clínica da Mulher do Hospital 9 de Julho, em São Paulo.
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