Após 38 anos de surfe
profissional, o Brasil conheceu nesta sexta-feira o seu primeiro
campeão mundial da elite do esporte, o WCT. Coube ao jovem Gabriel
Medina, de apenas 20 anos,
a glória de eternizar-se na história, na cultuada praia de Pipeline, no
Havaí. Para assegurar a conquista do caneco mesmo sem
estar na água, o paulista de São Sebastião, que havia se classificado às quartas de final com uma vitória emocionante,
contou com a ajuda preciosa do argentino naturalizado brasileiro Alejo Muniz, que derrotou Mick Fanning
por 6,53 a 2,44 na terceira bateria da quinta fase e foi às quartas de
final, acabando com as chances de o australiano dono de três títulos
mundiais ultrapassar os 60.000 pontos já garantidos do líder, Medina, na
classificação do Circuito Mundial de Surfe, cuja 11ª e última etapa da
temporada 2014 vai ser encerrada ainda nesta sexta. Terminar à frente de
Mick ou chegar na
final era tudo que Medina precisava para conquistar o histórico caneco
na meca
do surfe. Vale lembrar que Alejo já tinha dado uma grande ajuda ao despachar o mito americano Kelly Slater na terceira fase.
- É fantástico. Eu não sei exatamente o que dizer. Eu quero agradecer
Alejo por me ajudar. Eu amo essa torcida. Eu quero muito celebrar com
todas essas pessoas, com meu pai e minha mãe. Eu sonhava com isso e
agora virou realidade - afirmou Gabriel, que abandonou a bateria dele de
quartas de final contra
o compatriota Filipe Toledo para comemorar o título, mas depois voltou
para a água quando faltavam pouco mais de dez minutos para o fim e,
mesmo assim, o novo campeão acabou levando a melhor por 4,30 a 3,27 e
avançou à semifinal em Pipeline.
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