O caso positivo de doping de Anderson Silva ainda terá
desdobramentos, com o pedido de contraprova e defesa do atleta, e a
definição deve se arrastar por algumas semanas ainda. Para Rafael
Favetti, presidente da Comissão Atlética Brasileira de MMA (CABMMA), a
versão nacional da Comissão Atlética do Estado de Nevada, a entidade
norte-americana tem muita seriedade e não iria divulgar um resultado sem
que tivesse muita clareza sobre o assunto.
O dirigente faz de tudo para não entrar no caso específico do doping
de Anderson Silva, mas lembra que os protocolos usados são quase iguais
aos da Wada. “A questão do controle de dopagem é feita em três etapas
muito sensíveis: coleta, armazenamento e exame. A coleta é extremamente
importante. Quem segue o protocolo Wada, e Nevada segue, tem de indicar
para a coleta uma pessoa qualificada para isso. Evidentemente, quem fez a
coleta era um profissional qualificado”, diz.
Ele até cita um caso recente no Brasil, quando o lutador Piotr
Hallmann foi pego no doping depois da luta contra Gleison Tibau, no UFC
em Brasília. “Ele ficou falando que teve problema na coleta, que no
Brasil era assim. Mas como fazemos um procedimento melhor até do que da
Fifa, a pena dele foi mantida” afirma.
O presidente da CABMMA considera que existe uma possibilidade de erro
em um exame antidoping, mas não lembra de qualquer caso que tenha sido
contrariado com uma segunda amostra. “Nada é 100%, mas quando se segue
os padrões, minimiza a possibilidade de contaminação. Estou falando
sobre um protocolo internacional, não sobre o caso específico. Sei que
não é brincadeira chegar para um atleta profissional e dizer que usou
substância X ou Y. Por isso as coisas são feitas com seriedade”,
garante.
Nenhum comentário:
Postar um comentário