Há personagens do futebol que renderiam belos roteiros no cinema.
Emerson é um. Como se não bastasse ter feito dois dos gols mais
importantes da história do Corinthians no dia 4 de julho de 2012, o
sujeito ganha títulos a rodo, já adulterou a data de nascimento,
chama-se Márcio, virou Sheik no Catar, tem uma macaca de estimação... E
depois de uma saída polêmica do Timão e um retorno cercado de dúvidas,
coube a ele comandar a vitória sobre o Once Caldas e botar a
classificação para a próxima fase no bolso alvinegro.
4 a 0 no jogo em que, antes de começar, a torcida sentia medo de Felipe e
apostava todas as fichas em Guerrero. Essa mesma torcida que vai dormir
lamentando a expulsão precoce do centroavante e erguendo as mãos aos
céus para agradecer a cabeçada certeira do zagueiro.
O Corinthians deu um enorme passo para se juntar ao rival São Paulo,
além de San Lorenzo e Danúbio no Grupo 2 da Libertadores. Para se
classificar na próxima quarta-feira, em Manizales, o Once Caldas terá de
vencer por cinco gols de diferença. Se fizer 4 a 0, a disputa será nos
pênaltis. Qualquer outro resultado é do Timão.
A expectativa de 180 minutos de tensão foi aliviada em 30 segundos,
tempo que Sheik precisou para levantar a cabeça, espiar a área e, do
lado esquerdo de ataque, encobrir o goleiro Cuadrado. Quis chutar ou
quis cruzar? A essa altura, o corintiano não está nem aí.
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