Extremistas islâmicos suspeitos de
realizar um ataque a bomba em um mercado no Paquistão, no qual matou
mais de 100 pessoas, também tinham planejado um ataque contra o Vaticano
em 2010, disse Mauro Mura, procurador da Itália.
A polícia italiana emitiu hoje 18
mandados de prisão aos suspeitos extremistas, incluindo dois supostos
guarda-costas de Osama bin Laden, como parte de uma operação
antiterrorismo. Nove dos 18 mandados de prisão já foram executados,
enquanto a polícia ainda está à procura de outros suspeitos.
Em uma conferência de imprensa em
Cagliari, na Sardenha, Mura disse que escutas telefônicas indicaram que
os supostos terroristas estavam planejando um ataque a bomba no Vaticano
e que um homem-bomba havia chegado até Roma.
Mura disse que o plano de ataque não
seguiu adiante e que o homem-bomba deixou a Itália, mas não deixou claro
o motivo. De acordo com Mura, as escutas telefônicas deram “sinais de
outros planos para possíveis ataques”.
Os suspeitos estavam em contato direto
com líderes da Al-Qaeda e do movimento Taleban no Paquistão, além de
membros localizados em sete províncias italianas, disseram os
investigadores.
“Acreditamos que este grupo estava
envolvido na organização de muitos ataques sangrentos no Paquistão,
incluindo a explosão de 2009, em um mercado em Peshawar”, disse Mario
Carta, um oficial da polícia em Sassari, região da Sardenha.
De acordo com o inquérito policial, que
durou mais de seis anos, a rede financiava algumas de suas atividades
através da imigração ilegal. “Eles fornecem contatos de empregos falsos e
apoio logístico aos imigrantes que chegam na Itália e depois envolvem
eles em suas atividades ilegais”, acrescentou Carta.
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