O ministro de Direitos Humanos, Pepe Vargas, defendeu hoje (6) o
governo da presidenta Dilma Rousseff e disse que não há razões que
justifiquem eventuais pedidos de impeachment. Segundo Vargas, quem
defende o afastamento de Dilma tem posições golpistas.
“Não há nenhuma base constitucional e jurídica que dê justificação a
um pedido de impeachment. Quem defende uma posição dessa natureza está
defendendo uma posição de golpe ao Estado Democrático de Direito e à
Constituição”, disse o ministro, em entrevista após a cerimônia de
sanção da Lei Brasileira de Inclusão.
Vargas reafirmou o respeito à Constituição e defendeu a legitimidade
do governo de Dilma, reeleita em 2014. “O que justifica a existência de
um governo é o voto popular, e não as pesquisas de opinião pública, que
mudam ao longo do tempo. Temos um governo eleito democraticamente,
legitimamente, e há que se respeitar a Constituição. O remédio é
respeitar a Constituição. O Brasil, no passado, não respeitou a sua
Constituição e caminhou para trás”, afirmou.
Mais cedo, o vice-presidente Michel Temer defendeu o governo e
criticou as tentativas de trazer a hipótese de impeachment de Dilma para
o debate político. “A presidenta está inteiramente tranquila em relação
a isso, e todos achamos que é algo impensável para o momento atual.
Vejo essa pregação com muita preocupação, porque não podemos ter uma
tese dessa natureza sendo patrocinada por vários setores, temos que ter
tranquilidade institucional.”
Dilma convocou o Conselho Político do governo para uma reunião às
18h, no Palácio da Alvorada, encontro que não estava previsto na agenda
oficial até o começo da tarde. Devem participar os presidentes e líderes
de todos os partidos que compõem a base aliada do governo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário