terça-feira, setembro 15, 2015

Mineiro cobra taxação sobre fortunas e defende CPMF: ‘imposto justo’.

O deputado Fernando Mineiro (PT) repercutiu nesta terça-feira (15) as medidas tomadas pela presidente Dilma Rousseff na condução da economia brasileira. A mandatária anunciou nessa segunda-feira (14) cortes no orçamento e defendeu a volta da CPMF, que para Mineiro, é um ‘imposto justo’.

O parlamentar, no entanto, criticou a falta de impostos sobre fortunas, apontando que o débito da fatura sempre recai para a maioria da população. Defendida pela equipe econômica do governo Dilma, a taxação sobre transações bancárias, a CPMF, se aprovada no Congresso, servirá para cobrir os gastos com a previdência. O imposto vigorou de 1998 a 2007, quando foi derrubado pelo Senado Federal.

“A retirada da CPMF acabou com o único imposto justo no Brasil. Ele impedia você de não declarar recursos de ganhos financeiros. E o indivíduo pagava de acordo com o ganho que tinha. E a oposição votou por retirar o imposto para prejudicar o presidente Lula. É uma tentativa de saída agora. Ele é justo porque é proporcional. Por isso acho que é justo”, explicou Mineiro.

A proposta de resgatar a CPMF acabou inflamando ainda mais os ânimos do Congresso. Parlamentares da oposição querem aproveitar a rejeição do brasileiro a mais impostos para fortalecer a tese do impeachment, azeitado pelo escândalo político do petrolão. Instado a relacionar CPMF com impeachment, Mineiro afirmou que a reportagem incorria em um ato falho.

“Impeachment não tem nada a ver. Não é porque se aumenta imposto que vai ter impeachment. Isso é uma discussão política”, afirmou o petista.

Ainda a propósito da crise financeira, o deputado foi questionado se não poderia desempenhar um papel de intermediador entre o Estado e o Planalto. Em seu argumento, Mineiro diz que, além de não ter o prestígio que lhe é imputado, não há como um indivíduo arbitrar benefícios na atual crise financeira. Ele aproveitou ainda a entrevista para criticar a falta de outro imposto que o governo Dilma não tem levantado sequer a discussão.

“A saída da crise é debitada na conta de quem?  Esse que é o debate. E os setores que menos sofrem com a crise, o setor rentista, são os que menos pagam os efeitos da crise. Por isso defendo a taxação sobre fortunas”, comentou o petista.

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