domingo, novembro 08, 2015

Detentos se rebelam em presídios do RN.

Presos se rebelaram na tarde de ontem sábado (7) em dois presídios da Grande Natal. Vídeos gravados por policiais militares e por agentes carcerários mostram que os internos se amotinaram no pavilhão 2 da Penitenciária Estadual de Alcaçuz, que fica em Nísia Floresta, e no Presídio Provisório Raimundo Nonato, mais conhecido como Cadeia Pública de Natal, onde os detentos da ala B atearam fogo em várias celas.

Secretário de Justiça e da Cidadania, o advogado Cristiano Feitosa confirmou que o quebra-quebra deste sábado começou após a descoberta de um túnel escavado a partir do pavilhão 2. “Assim que acabou a visita social, por volta das 15h, os presos se amotinaram”, acrescentou.

Com a situação fora de controle, o Batalhão de Choque da PM foi acionado para tentar retomar o controle em Alcaçuz, “mas sem efetivo suficiente, e também para evitar um confronto, os policiais recuaram e saíram da penitenciária”, disse o secretário. Nas imagens gravadas por um policial militar posicionado em uma das guaritas, é possível ver o momento em que pedras são arremessadas em direção aos policiais militares do BPChoque, que recuam. Mais tarde, os presos também atearam fogo dentro das celas.

Ainda de acordo com o secretário Cristiano Feitosa, o Grupo de Operações Especiais (GOE) que pertence à Sejuc não atuou porque os agentes estão com as viaturas quebradas. “Fiquei sabendo dessa informação agora, depois que aconteceu tudo isso. Nos próximos dias vamos resolver este problema”, afirmou.

Com a notícia de que o BPChoque não havia conseguido controlar os presos em Alcaçuz, e que o GOE ficou impossibilitado de intervir, os ânimos no Raimundo Nonato também se exaltaram e os detentos começaram a queimar colchões. No vídeo também é possível ver corredores em chamas dentro da ala B da unidade.

Tanto em Alcaçuz como no Presídio Provisório Raimundo Nonato, na Zona Norte da capital, tentativas de intervenção foram frustradas. Até o amanhecer deste domingo (8) os presos continuavam rebelados fora das celas e não havia registro de feridos ou fuga de internos. Via g1/RN.

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